quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Economia - Primeiras Aulas

1ª Aula – 03/10/2008

Economia: é uma ciência social que compreende a conduta humana nas suas interacções colectivas. A Economia trata também das escolhas que a escassez de bens e os recursos disponíveis impõe para que se satisfaçam as necessidades. Em resumo, é o estudo do uso dos recursos escassos para satisfazer as necessidades ilimitadas dos homens.

Microeconomia: incide sobre o funcionamento do mercado de produtos e de factores, por referência às decisões individuais tomadas, aos preços estabelecidos, à produção, à repartição de rendimento e ao consumo. A microeconomia estuda os fluxos monetários e reais entre os agentes nos diferentes mercados (de produtos e de factores).

Macroeconomia: incide na conduta do todo da Economia, como por exemplo, a eficácia dos agentes económicos individuais. Concentra-se no estudo de questões que se prendem com as interdependências de um valor médio (o dos preços) com alguns valores totais(os das de produção, rendimento e emprego). Encara os fenómenos económicos já na sua manifestação combinada e final, deles fornecendo a perspectiva sintética.

Escassez: representa a quantidade limitada de recursos, factores de produção ou de nível de produção e a insuficiência de meios para satisfazer toda a procura de recursos por uma comunidade (problema económico). À medida que a população ia aumentando em face do carácter fixo dos factores naturais (o planeta Terra não pode, em momento algum, aumentar a sua dimensão) a escassez é analisada por muitos economistas como o problema económico principal.

Custo de oportunidade: benefício da melhor alternativa possível. Do ponto de vista económico, todas as satisfações, a que um individuo renuncia, são o custo das que obteve. Se nos deparamos com o consumo alternativo de uma maçã ou de uma laranja, sabemos que se consumirmos a maçã deixamos de consumir uma laranja – é este o nosso custo de oportunidade (este conceito está também envolvido no preço relativo de um bem).

Mercado: de uma forma ampla, o mercado representa o local físico ou não onde ocorrem as trocas de produtos de forma organizada ou espontânea. Em sentido restrito, do ponto de vista económico, há tantos mercados quantos os tipos de bens, de serviços e de factores de produção que são oferecidos e procurados, salvo naqueles mercados em que se estabelecem nos bens algumas relações, como sejam os bens de produção conjunta ou associada, os bens complementares e os bens substitutos.

Bem económico: algo que está apto a satisfazer necessidades, ou seja, algo que é útil. Os bens para serem económicos terão de ser acessíveis e escassos.

Factores de produção: conjunto dos meios (terra, trabalho e capital físico, de acordo com a classificação escolhida após a revolução industrial) aplicados no processo produtivo de um bem ou de um serviço.
2º Aula – 09/10/08

Distribuição:

Economia de Mercado: “todo o mundo e ninguém” (todos contribuem para a formação de uma vontade colectiva, mas ninguém tem esse poder individualmente).

Economia Mista (concorre um sector privado e um sector publico): o mecanismo do mercado é contrabalançado pelo poder de deliberação do Estado, levantando-se uma questão de legitimidade.

Economia Dirigista: (planificação central, uma entidade única arroga-se o poder exclusivo de fornecer as respostas a todas as perguntas): à questão de legitimidade juntam-se outras como a da eficiência da direcção e a da liberdade dos dirigidos.

Produto Interno Bruto (PIB): mede o nível de crescimento de um país, por referência a um critério de territorialidade, por via do rendimento e da despesa. Por via do rendimento é igual à soma das remunerações dos factores produtivos (Salários + Rendas + Juros + Lucros). Por via da Despesa é igual à soma das várias utilizações possíveis dos bens e serviços produzidos (Consumo + Investimento + Gastos do Estado + Exportações – Importações). O nível de crescimento apura-se pela quantidade de bens e serviços multiplicada pelos preços respecivos: A quantidade de bens e serviços exclui os bens usados e armazenados; Ao preço de cada um deles não será possível adicionar o preço dos bens intermédios. O PIB pode ser potencial, nominal ou real.

Variável Fluxo: São as variáveis medidas num determinado tempo. ?????????

Variável Stock: São as variáveis medidas num acumulado de tempo. ????????

PIB Per Capita: ????????????????

Eficiência (dos mercados): representa a afectação ideal e plena dos recursos produtivos disponíveis. A eficiência económica pode ser alocativa ou técnica. Há eficiência alocativa sempre que se faz referência a uma selecção de factores de produção que minimize os custos de produção tendo em vista a criação de um bem ou prestação de um serviço. A eficiência técnica pressupõe a existência de um método que maximize a produção, dada a quantidade de factores de produção disponíveis

Óptimo de Pareto (mais conhecida como Eficiência de Pareto): Para se aferir a eficiência total da economia é relaciona-la com os seus resultados em termos de maximização do bem-estar. Para Pareto, um estado de eficiência máxima da Economia designa-se como uma situação de “eficiência de pareto” em que, encontrando o grau máximo de bem-estar total agregado, de somatório de todos os excedentes dos produtores e consumidores, não seria possível aumentar-se o bem-estar de alguém sem se sacrificar o bem-estar de outrem.
A Eficiência de Pareto ou Óptimo de Parteto implica a verificação três requisitos:
Eficiência nas trocas (não é possível aumentar-se o bem-estar total agregado através de uma continuação de trocas);
Eficiência na produção (a economia encontra-se na sua fronteira de possibilidades de produção);
Eficiência na criação da combinação de produtos (corresponde às preferências dos consumidores).
O Óptimo de pareto apenas nos informa da eficiência atingida, mas nada nos revela quanto à Justiça do resultado alcançado.
Os incrementos que conduzem a esse limite de eficiência promovem a eficiência e colocam a economia num ponto da fronteira de possibilidades de produção, no qual se consome o potencial de realização da economia, mas que suscita problemas. Tudo o que pode ser empregue na produção de uma determinada combinação de produtos está efectivamente a ser empregue e pressupõe-se que com a minimização de custos. È por isso que se alteram as solicitações que mobilizam essa afectação máxima, podendo cair-se num impasse, ou seja, numa armadilha de eficiência.
O importante da analise de Bem-estar reside na possibilidade de fornecer critérios mínimos de decisão colectiva, critérios que apontam para a simples eficiência maximizadora e que, por isso, podem servir de base efectiva a todo o género de rumos sociais que as ideologias dominantes façam preponderar na formação da vontade colectiva.
Em suma, representa a noção mais famosa de óptimo numa economia de bem-estar, pela qual a alocação de recursos garante que a melhoria da situação de um agente seja em detrimento de outros. Numa situação pareto-óptima os excedentes (do produtor e do consumidor) encontram-se maximizados, pelo que o aumento de um só é possível pela redução do outro.

Eficiência Produtiva: ?????????????????????????????

Eficiência paretinana: representa a eficiência de um sistema que não pode produzir mais de um bem dado os factores de produção disponíveis sem reduzir o nível de produção dos outros bens, pela troca de afectação dos factores de produção ou de técnicas disponíveis. A eficiência paretiana conjuga os conceitos de eficiência com o de bem-estar social.

A Curva da Possibilidade de Produção: (ver nos slides). http://www2.iscsp.utl.pt/archive/doc/Aulas_Economia_CPP.pdf

3ª Aula – 10/10/08 (Estudar o Capitulo I do Samuelson)

A lei de custos de oportunidade crescentes é a mesma coisa que a lei dos rendimentos decrescentes – é representada por uma curva côncava.

Bens de Consumo: bem que se destina a satisfazer as necessidades de consumo de cada indivíduo. São bens de consumo: alimentos, roupas, cadeiras, televisões Pode-se dividir os bens de consumo por tipo: Bens Duráveis, Bens Não Duráveis e Serviços.

Bens de Investimento: Bem que se destina a satisfazer as necessidade de consumo futuro e de incremento tecnológico de cada individuo ou empresa.

NOTA: Uma curva não aumenta, desloca-se.

Teoria Económica: conjunto de explicações coerentes de um determinado fenómeno.

Método Cientifico: o método científico da economia tem como processo básico a experimentação.

Abordagem estatística: tentar encontrar, com os dados que existem, o comportamento generalizado para o futuro económico.
16/10/09 – 4ª Aula

Economia: estuda o comportamento humano, ou seja, estuda-se os consumidores, as famílias, as empresa, os estados - os grupos…

Cada um destes grupos tem diferentes desempenhos na economia:
Consumidor: agente económico que adopta um comportamento próprio em resultado da ponderação da utilidade marginal, isto é, do grau de satisfação que este pode retirar do consumo da última unidade de um bem. Em suma, tem a preocupação em maximizar a sua qualidade, isto é, o seu bem-estar.
Empresas: Com o mesmo intuito do acima referido, contudo, pretende maximizar o lucro – Lucro: complementa a noção de lucro contabilístico, pela ponderação do custo de oportunidade, representado pelos custos implícitos. No exercício de uma actividade o produtor pode ponderar a sua mudança desde que o lucro contabilístico da actividade alternativa seja superior, isto é, desde que os benefícios a auferir pelo exercício da melhor opção alternativa sejam superiores  Lucro económico = Rendimento – (Custos Explícitos + Custos Implícitos).
Estado: é apenas chamado como intermediário ou regulador.

Média: é o valor médio de uma distribuição, determinado segundo uma regra estabelecida a priori e que se utiliza para representar todos os valores da distribuição.

Axioma/Hipótese da Racionalidade: As pessoas são capazes de comparar valores e quantidades, expressando preferências ou indiferenças quanto às suas escolhas.

Principio da mão Invisível: (Existência de Equilíbrio Competitivo e Teoremas do Bem-Estar)
A ideia da “mão invisível”, exposta por Adam Smith (1776), é fundadora do sistema de mercado, e continua a ser fundamental no pensamento económico moderno. Segundo esta concepção, num sistema de mercado, cada indivíduo, agindo no sentido de maximizar o seu bem-estar, acaba por contribuir para o bem-estar comum.
De certa forma, o bem-estar comum não pode ser medido. Mas há critérios de comparação úteis. Uma situação diz-se óptima no sentido de Pareto se não existir qualquer alternativa que agrade mais a todos os indivíduos. É evidente que todos os resultados que não sejam óptimos de Pareto não são interessantes, por haver uma alternativa que todos preferem.
A mão invisível do mercado, a ideia de um resultado económico induzido por indivíduos que procuram maximizar o seu bem-estar individual corresponde à noção de equilíbrio competitivo.
Um equilíbrio competitivo é uma situação na qual:
a) cada um dos indivíduos, considerando os preços como sendo fixos, escolhe as quantidades de bens que pretende produzir, vender e comprar no sentido de obter o melhor cabaz (de acordo com as suas preferências) dentro das possibilidades do seu orçamento;
b) verifica-se a igualdade entre a oferta e a procura, isto é, para cada produto, a soma das quantidades procuradas para compra é igual à soma das quantidades oferecidas para venda.
À partida, não é óbvio que tal situação seja possível. Arrow, Debreu e McKenzie estabeleceram, em condições gerais, a existência de equilíbrio competitivo. Essencialmente, este resultado significa que existe um sistema de preços que leva a que os indivíduos (que o assumem como sendo fixo), para maximizarem a sua satisfação, escolham quantidades a produzir, vender e comprar consistentes com uma igualdade entre a oferta e a procura.
O Primeiro Teorema do Bem-estar afirma que a situação de equilíbrio competitivo é óptima no sentido de Pareto. Isto é, que não existe uma situação que seja melhor para todos os indivíduos.
O Segundo Teorema do Bem-estar afirma que qualquer situação óptima de Pareto pode ser atingida como um equilíbrio competitivo, sendo apenas necessária uma determinada redistribuição inicial de bens.
Assim, se um dos resultados óptimos de Pareto for especialmente pretendido, existe uma redistribuição inicial de bens que leva a que esse seja o resultado correspondente ao equilíbrio competitivo da economia.

Economia de Mercado: “todo o mundo e ninguém” (todos contribuem para a formação de uma vontade colectiva, mas ninguém tem esse poder individualmente).

Equilíbrio do mercado: corresponde ao ajustamento de todas as licitações (subida de preços, própria de um leilão, e descida de preços própria de uma venda numa lota de peixe, por exemplo - a um preço único. A esse preço único corresponderá uma quantidade igualmente única, resultante do encontro de pretensões da oferta e da procura. O ponto de equilíbrio: optimiza a posição dos intervenientes no mercado, na medida em que deixa de ser possível transacção de mais bens e representa o ponto de estabilidade, na medida em que os produtores e os consumidores estão a transaccionar as quantidades pretendidas ao preço desejado.
Em suma, a situação ocorre quando os compradores e vendedores estão a comparar/vender como querem e o que querem. Funciona através do mecanismo – preço.

(Ir ao caderno vermelho pequeno ver os gráficos)
5ª Aula – 17/10/08

Lei dos rendimentos marginais decrescentes: postula que o aumento dos factores variáveis, permanecendo um fixo, conduz a uma situação na qual cada unidade adicional do factor variável adiciona menos ao produto total que a unidade anterior, isto é, o produto marginal do factor variável tende a declinar. Assim, assistimos à diminuição do nível de produção cada vez que são aplicadas unidades sucessivas de um factor variável (ex:. factor trabalho) num factor fixo (ex:. factor terra). Exemplo: existe um copo de água. Ao morrer de sede, dou mais valor ao 1º copo de água, dou igual valor ao 2º e ao 3º, aos próximos já não dou. Pode-se também chamar principio da saciedade das necessidades.

Preço: valor de um bem expresso em unidades monetárias.
Preço relativo de um bem: representa o valor de um bem expresso por relação a outro bem, independentemente da moeda aplicada. O preço relativo das maçãs pode ser expresso em laranjas se o consumidor resolve optar entre os dois bens em análise. Os preços relativos podem ser expressos graficamente pela recta da restrição orçamental.
Preço Equilíbrio: produtores vendem ao preço que querem, consumidores compram ao preço que querem.

Curto prazo (macroeconomia): representa todos os momentos de afastamento entre o PIB real e o PIB potencial (vide hiato inflacionista e hiato deflacionista) e o afastamento entre a taxa efectiva de desemprego e a taxa natural (NAIRU).
Curto prazo (microeconomia): período no qual a oferta dos factores de produção não consegue ajustar-se à procura estabelecida. É neste período que ao produtor se deparam escassas alternativas (menor elasticidade - inelasticidade) em virtude da impossibilidade de expansão de todos os factores de produção disponíveis, já que pelo menos um factor de produção permanece fixo gerando rendimentos marginais decrescentes.

Macroeconomia: parte da ciência económica que estuda a interdependência dos valores médios (preços), a oferta de moeda e os valores totais agregados (produção, rendimento e emprego). Por referência ao circuito económico, a macroeconomia estuda o somatório dos fluxos monetários e a sua relação com o nível de preços e a oferta de moeda.
Desemprego: desfasamento entre a oferta e a procura no mercado do factor trabalho. O desfasamento pode assumir duas formas: excesso de oferta (desemprego pela oferta), sempre que a quantidade de trabalho oferecida pelas famílias seja superior à procurada pelas empresas e excesso de procura (desemprego pela procura), sempre que a quantidade de trabalho procurada pelas empresas seja superior à oferecida pelas famílias. São quatro as causas do desemprego: o estabelecimento dos salários mínimos; o poder dos sindicatoso estabelecimento dos salários de eficiência e o aumento dos custos de busca de emprego (vide desemprego friccional).
Desemprego cíclico: tipo de desemprego que está associado às flutuações macroeconómicas de curto praz. A realidade do desemprego cíclico é simultaneamente involuntária, porquanto a sua principal causa é a ineficiência ou lentidão do ajustamento dos salários às variações na oferta e na procura de trabalho. O desemprego cíclico é resultado da retracção da procura derivada de factores. A falta de desemprego cíclico representa o pleno emprego.
Desemprego estrutural: tipo de desemprego que é resultado de uma expansão da procura de factor trabalho. Pense-se naquelas empresas que têm postos de trabalho a mais e não conseguem preenchê-los por falta de trabalhadores. O desemprego estrutural subsiste na ausência de desemprego cíclico e involuntário, ou seja no pleno emprego, à semelhança do desemprego friccional.
Desemprego friccional: tipo de desemprego que é resultado de uma expansão da procura de factor trabalho em virtude de um aumento dos custos de busca de emprego. Os custos de busca de emprego serão tanto maiores: quanto maior for o tecido produtivo; quanto maiores forem as oscilações dos salários reais; quanto maiores forem as alterações demográficas; quanto maiores forem as modificações estruturais.
Desemprego involuntário: tipo de desemprego que não é querido: por aqueles que procuram factores, nem por aqueles que se apegam aos seus rendimentos e não querem suportar os efeitos da contracção do mercado; nem por aqueles que desejam trabalhar e não encontram vagas com as remunerações que naquele momento vigoram no mercado.
Desemprego regional: tipo de desemprego que está associado a uma retracção da procura de factor trabalho, em virtude da deslocação de indústrias para países com salários mais baixos.
Desemprego sazonal: tipo de desemprego que está associado a uma retracção periódica da procura de factor trabalho, em virtude do decurso dos vários períodos próprios do ano (v.g. só no Verão é que é possível vender gelados, em situação cujo nível de preços compense os custos suportados).

Inflação: representa uma subida generalizada do nível de preços, que está na base da redução do poder de compra associado a uma determinada moeda nacional. Constituem causas da inflação: um aumento da oferta de moeda, o excesso de procura, o aumento da despesa pública (particularmente em períodos de guerra), a alteração do comportamento no mercado do factor trabalho e uma alteração de custos (à semelhança do que sucedeu nos anos 70, do século XX, nos choques petrolíferos). É costume associar-se à primeira causa de inflação apontada (inflação pela oferta de moeda) a ideia de imposto oculto, na medida em que a criação de moeda representa: o empobrecimento real de todos os detentores de moeda; o financiamento à custa de detentores de moeda (falando-se, assim, em quebra de moeda, em virtude da desvalorização intrínseca dos meios de pagamento); uma retirada do valor real do poder aquisitivo aos particulares e a perda absoluta de bem-estar, pela diminuição das trocas. Os economistas associam a inflação a nove efeitos, a saber:
a) o afastamento do PIB potencial face ao PIB real;
b) a ilusão da perda do poder de compra – na realidade, o poder de compra não é afectado, na medida em que os consumidores, v.g., não só têm acesso aos rendimentos nominais (juros nominais de depósitos, rendas nominais e pensões de montante fixo), como também têm acesso a rendimentos que sobem por efeitos da inflação (salários);
c) a criação de custos de adaptação;
d) a criação de custos de ajustamento;
e) a perturbação dos preços relativos dos bens;
f) a criação de ineficiências tributárias – pense-se, no caso dos impostos progressivos, na situação em que os salários aumentam permitindo a deslocação de classes de rendimento em contribuintes que não vislumbram o aumento do rendimento;
g) a perturbação das expectativas – na medida em que há um afastamento entre a inflação efectiva e a prevista, que perturba os cálcuilos estratégicos efectuados pelos sujeitos económicos, empresários e famílias;
h) perda de confiança na política económica e financeira do Estado (veja-se a vontade do Estado em querer lançar frequentemente um imposto oculto;
i) criação de efeitos redistributivos – na medida em que a inflação beneficia devedores e prejudica credores e futuros sujeitos no acesso ao crédito.

Recessão: por dois trimestres sucessivos, a economia tem crescimento negativo.

Produto Interno Bruto (PIB): mede o nível de crescimento de um país, por referência a um critério de territorialidade, por via do rendimento e da despesa. Por via do rendimento é igual à soma das remunerações dos factores produtivos (Salários + Rendas + Juros + Lucros). Por via da Despesa é igual à soma das várias utilizações possíveis dos bens e serviços produzidos (Consumo + Investimento + Gastos do Estado + Exportações – Importações). O nível de crescimento apura-se pela quantidade de bens e serviços multiplicada pelos preços respecivos: A quantidade de bens e serviços exclui os bens usados e armazenados; Ao preço de cada um deles não será possível adicionar o preço dos bens intermédios. O PIB pode ser potencial, nominal ou real.
PIB nominal: representa as variações de quantidades e de preços (ex:. PIBn1999=P1999xQ1999 / PIBn2000=P2000xQ2000).
PIB potencial: representa o valor que poderia ser produzido por uma economia se existisse o pleno emprego.
PIB real: representa aumentos de quantidade dos bens e serviços a preços constantes, por referência a um ano base (Ex: PIBr1999=P1999xQ1999/PIBr2000=P1999xQ2000).
Produto Nacional Bruto (PNB): mede o nível de crescimento de um país, por referência à nacionalidade da produção. O PIB distingue-se do Produto Nacional Bruto (PNB), porque este inclui os pagamentos do Exterior e exclui os pagamentos para o Exterior (PNB=PIB+Pagamentos do Exterior – Pagamentos do Exterior).

1 comentário:

catarina ferreira disse...

Ao Jonas e possíveis interessados:

Segundo os meus apontamentos,

Variável Stock: Variável que mede os fluxos (variável fluxo) que vão sendo acumulados, isto é, mede a riqueza de um determinado país.

PIB Per Capita: Mede a distribuição da riqueza de um determinado país pela sua população, ou seja, determina o nível de vida dessa mesma população.

Beijinho :)

Catarina Ferreira