quarta-feira, 22 de julho de 2009

Informação IAD

Caros Colegas,

Venho por este meio informar que para quem fez exame de recurso a IAD que esteja atento ao netpa para saber quando a oral da cadeira. quando for marcada estará disposta nesta página do site.

Sem mais,
Continuação de Boas Férias.
Ana Santana

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Aula Extra de Economia

"Caro João,
As orais serão, afinal, no dia 27, pois as orientações dos serviços da Escola aconselham a realizar os exames orais na semana de 27 a 31 de Julho, para não coincidir com as avaliações escritas.
Julgo que já terá sido feita a rectificação.
Quanto À aula de dúvidas, com certeza que é possível, sob a forma de aula ou de esclarecimento alargado de questoes. Não tenho ainda a certeza da minha disponibilidade na próxima semana, dada a quantidade de reuniões e outros compromissos que me aguardam.
De qualquer modo, na minha impossibilidade, pedirei ao Dr. Dantas Saraiva para vos dar o apoio que necessitam.
Pedia o favor de me enviarem novo mail na próxima segunda-feira, para combinarmos a data da sessão, OK?
Um bom fim de semana
Carla Guapo Costa"

Quando souber mais sobre o assunto informo-vos

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Mias perguntas tipo de Soc. Geral II

Para quem ainda não fez Sociologia Geral II estão aqui mais um conjunto de perguntas-tipo:

Defina Estado e identifique os seus elementos, fins e funções. Depois, apresente
e discuta os modelos de relação entre Poder Político e Áreas Culturais.

Enuncie os critérios e factores de hierarquização social. Depois, apresente e
compare a sociedade de castas e a sociedade de ordens.
Distinga paradigmas macrossociológicos e microssociológicos. Depois, compare
os paradigmas funcionalista e marxista

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Comente a seguinte expressão “A percepção não é o espelho da realidade”



A percepção nasceu num domínio eventualmente mais simplista.
O meio ambiente, para a percepção, passa a ser não só aspecto físico, é também envolvente social.
Do ponto de vista psicanalítico, é para a psicologia o ponto central, tendo como maiores influências, Fromm e Ericsson.
Sucintamente, a percepção é modo de tirar inferências dos comportamentos. É o primeiro contacto com a realidade circundante. Ninguém percepciona o mundo tal e qual como ele é, ou seja, a percepção não espalha a realidade, é a nossa avaliação e interpretação do meio.
A percepção confunde-se constantemente com sensação.
A sensação tem a ver com a estimulação dos órgãos sensoriais, como a brisa suave, que fornecem inputs do meio ambiente. Os receptores sensoriais reagem a estímulos como a Luz, o som, o calor e transformam essa reacção em impulsos mentais que são enviados ao cérebro para serem processados. A sensação infere-se a primeira parte do processo, à estimulação dos órgãos dos sentidos e à informação desorganizada enviada para o cérebro.
Enquanto isso, a percepção é a sensação que permite termos a percepção da realidade, por exemplo, o ruído, uma sensação, perturba a percepção. A percepção refere-se, então, à integração da informação e interpretação e à transformação das sensações em objectos reconhecíveis.
Dado a diferença entre ambos os conceitos, há diferenças quanto à tipologia da adaptação:
- Adaptação sensorial: ajustamento da capacidade sensorial após uma exposição prolongada a um estimulo. Quando a estimulação é prolongada tornamo-nos menos sensíveis porque as células receptoras reagem melhor à variação na estimulação.
- Adaptação perceptiva: o ser humano tem a capacidade de adaptar a sua percepção.
- Adaptação e a Distorção Visual – Com o passar do tempo os indivíduos podem adaptar-se a muitos tipos de distorção visual extrema (vão-se habituando ao novo aspecto das coisas e usam a informação de modo automático).

Como é que se processa a Adaptação? A Adaptação vai-se fazendo à medida que as pessoas vão retendo as novas experiências – de forma a servirem como termo de comparação.
Assim sendo, a adaptação vai-se fazendo à medida que as pessoas vão retendo as novas experiencias de forma a servirem como termo de comparação.
Pode concluir-se assim que a sensação é positiva, isto é, depende do objecto e que a percepção é activa, depende do conhecimento anterior.
A percepção torna-se assim bastante relevante para o estudo da psicologia, porque tem várias implicações no comportamento, interferindo com os processos cognitivos.
A percepção é, deste modo, um processo activo em que primeiro, seleccionamos os estímulos, de seguida organizamo-los e depois, interpretamo-los.
Existem dois tipos de estímulos:
- Estimulo distal: é tudo o que acontece no mundo exterior;
- Estimulo proximal: é a representação que temos dos objectos.
A teoria da detenção de sinais explica o papel que os factores psicológicos desempenham na apreciação de um estimulo estar ou não presente, como é o caso de se ouvir apenas aquilo que se quer, ou seja, considerar que um estimulo está presente aquando de facto não está ou o contrário, considerar que um estimulo não está presente quando de facto está. A TDS implica com o limiar diferencial que não é mais do que a diferença mínima perceptível entre dois estímulos e depende da intensidade inicial.
A percepção varia de espécie para espécie e dentro de cada espécie consoante as expectativas, experiências, motivações e emoções (background individual) dos diferentes indivíduos.
Os sentidos humanos não captam muitos aspectos do ambiente (ex. sons, etc.) e às vezes são percebidos estímulos não presentes (ex. cansaço, alucinação por uso de drogas, etc.). O ser humano não consegue captar tudo aquilo que está no meio ambiente, só uma parte. Exemplo: o ser humano não consegue captar ondas electromagnéticas (ondas muito baixas) mas os golfinhos já conseguem.
Os indivíduos vão perdendo ou ganhando percepção. Perdendo, por exemplo, no caso dos idosos, porque vão perdendo capacidades e ganhando, por exemplo, no caso das grávidas porque estas ficam mais sensíveis. Cada individuo tem percepções diferentes.
Concluído, a percepção NÃO é um espelho da realidade.
A percepção está interligada com outros processos cognitivos, havendo um ponto de encontro entre a cognição e a realidade, vejamos então, a atenção, a consciência, a memoria, o pensamento e a linguagem.
- Atenção é fundamental para a sobrevivência. Vai captar o que está à nossa volta para ajudar no dia-a-dia. O ser humano tem capacidade de seleccionar aquilo que vai prestar atenção. Logo no início do processo, o indivíduo decide quais os estímulos do exterior aos quais irá prestar atenção, variando de intensidade (ex. menos intensa prejudica a percepção da realidade) e tem limites (ex. variedade de tarefas no local de trabalho, etc.). A direcção da atenção varia consoante as necessidades, interesses e valores dos indivíduos. É selectiva. A selectividade da atenção é o que nos permite sobreviver. Caso contrário, prestaríamos atenção a tudo ao mesmo tempo e perderíamos muitos sinais. Exemplo: Se formos na rua distraídos e ouvirmos um carro a derrapar vamos automaticamente reagir. Tende-se a ser mais atento face a acontecimentos novos, inesperados, intensos ou em mutação
- Consciência - o ser humano pode ser influenciado por algo que está à sua volta, sem ter consciência disso; consoante o seu estado de consciência, a percepção vai-se alterar da realidade à sua volta. O estado da consciência influencia a percepção.
Exemplo 1: Se o indivíduo está alegre, a paisagem vai-lhe parecer mais bonita e, por vezes, mais movimentada. Outro Exemplo: A ingestão de substâncias aditivas altera os estados de consciência e também a percepção do indivíduo.
- Memória também influencia a personalidade. É muito complexa, pois tudo o que o ser humano tem como experiência adquirida, vai influenciar a sua percepção da realidade. A memória serve para descodificar o que se passa à nossa volta.
Exemplo 1: Na percepção, para fazer a interpretação o indivíduo recorre a comparações (sons, imagens, etc.) com experiências anteriores.
- Cognição e linguagem, o indivíduo selecciona um conjunto de informações ao qual vai dar uma forma explicativa: isto faz-se através de hipóteses perceptivas. Depois de um indivíduo decidir a que dados vai dar atenção, comparando com situações anteriores (utilização da memória), procede-se à interpretação e avaliação. Usualmente existe apenas uma interpretação aceitável dos dados sensoriais – de onde rápida e automaticamente se constrói uma hipótese perceptiva (ex. Aluno entra molhado na sala). Às vezes é difícil construir a hipótese perceptiva (ex. vulto na estrada) e procede- A percepção depende de dois tipos de sistemas:
1) Dos sistemas sensoriais (ou de captação de informação) – Vai captar dados. Este detecta a informação (Detecção), faz a tradução (receptores), converte dados em impulsos nervosos (“Transdução” ou Converão) e processa a informação e envia a sua maioria para o cérebro (Processamento e Transmissão da informação).
2) Do sistema nervoso (cérebro) – Vai processar dados. Faz o processamento dos dados sensoriais.
Existem sistemas sensoriais:
Visão; Audição; Paladar; Olfacto; 5 Sistemas dérmicos/pele (o que antes se apelidava de tacto), separados (somato-sensoriais) contacto físico, pressão profunda, calor, frio e dor; Sentido Cinestésico e Sentido Vestibular.
Sentido Cinestésico – Dá informação de onde se situa as nossas partes do corpo. Depende dos receptores dos músculos, tendões e articulações. Através deste sistema conhece-se a posição relativa das diferentes partes do corpo durante o movimento.
Exemplo: Quando está escuro sabemos onde está a nossa mão; podemos comer uma maçã pois sabemos onde se situa a boca.
Sistema Vestibular – Tem a ver com o sentido de orientação ou equilíbrio. Através deste sistema conhece-se o movimento e orientação da cabeça e corpo em relação ao solo. Os órgãos vestibulares localizados no crânio registam as mudanças de velocidade e direcção do movimento.
Tende-se a agrupar os 11 sentidos em 5 grupos de sentidos perceptivos:

Sentido Visual
Vista
Sentido Auditivo
Audição
Sentido Somato-Sensorial
Contacto físico, pressão profunda, calor, frio, dor.
Sentido Químico
Paladar e olfacto
Sentido Proprioceptivo
Sentidos cinestésico e vestibular








Organização Perceptiva acontece quando olhamos o mundo à nossa volta e temos a necessidade de organizar o que observamos, mas fazemo-lo de forma tão rápida e automática que, muitas vezes, não nos damos conta. O exercício que se faz quando se olha para a realidade; a organização da realidade
Nessa organização é importante ter a percepção:
- da FORMA (o que vemos):
O reconhecimento da forma é feito com base em imagens retidas anteriormente; mesmo quando há deturpações, verifica-se uma transposição da forma padrão.
Está relacionada com a experiência adquirida; automaticamente o indivíduo interpreta a realidade utilizando estratégias para essa mesma interpretação.
Estratégias de processamento para interpretar a informação visual de objectos:
- Constância: Os objectos quando olhados de diferentes ângulos, distâncias ou condições de iluminação continuam a ser percebidos como tendem a mesma forma, tamanho e cor. Exemplo: a aproximação de uma pessoa não implica que “cresça”
A imagem da retina é completada com conhecimento de experiências anteriores, mesmo sem que os indivíduos tenham consciência disso.

- Figura-Fundo: Tendemos a ver um objecto contra um fundo: dependendo da direcção que se dá à atenção o mesmo objecto pode ser visto como figura ou fundo, alternadamente mas nunca ambos em simultâneo.
Os estímulos que parecem figuras dão os contornos à mesma e ao fundo.
As figuras são vistas como nítidas e com formas definidas.
Este princípio é importante uma vez que não se pode ver nenhum objecto se este não for destacado do fundo. Todos os objectos estão expostos num determinado fundo; não se consegue olhar para o objecto ao mesmo tempo que se olha para o fundo.
- Agrupamento:
- Proximidade: os elementos visuais próximos entre si são vistos como pertencentes à mesma categoria
- Semelhança: os elementos visuais que têm cor, forma ou textura semelhantes são vistos como sendo da mesma categoria.

- Simetria: Os elementos visuais que constituem formas regulares, simples e bem equilibradas são vistos como pertencentes ao mesmo grupo
- Continuidade: Tende-se a agrupar os elementos visuais que fazem com que linhas curvas ou movimentos continuem numa direcção já estabelecida. Dá para perceber o grau de distracção das pessoas; muito utilizado nos testes psicotécnicos
- Fechamento:

Proximidade: Os objectos incompletos são geralmente completados e vistos como completos (sobretudo se são objectos conhecidos – memória).
O cérebro fornece informações que os sentidos podem não ter trazido.

> Tendência para olharmos os objectos como um todo


Nota: O Fechamento, a Proximidade, a Semelhança e a Continuidade são princípios que fazem parte da denominada Leis da Gestalt da Organização Perceptiva.

- do MOVIMENTO (o que está a fazer);

- da PROFUNDIDADE e da DISTÂNCIA (onde está).



Semelhança:

è Continuidade



è Fechamento
Percepção do Movimento

Importante não só na percepção de objectos mas também de acontecimentos. Está relacionada com aquilo que a retina consegue captar.

Ilusões de movimento:

à Movimento estroboscópico: temos a sensação de movimento muito superior aquela que na verdade existe.
Exemplo: lâmpada acesa intermitentemente - a deslocação relativa no tempo leva o nosso sistema nervoso central a interpretar a existência de movimento

à Movimento induzido: os estímulos não permitem que se tenha uma verdadeira percepção da realidade
Exemplo: vemos lua mover-se, quando é a terra que se move – nem sempre percepção e realidade física coincidem

à Estabilidade percebida: o sistema nervoso central compensa as deslocações da retina decorrentes do movimento dos olhos promovendo a estabilidade visual (assim os olhos movem-se mas os objectos permanecem imóveis). O sistema nervoso controla os estímulos nervosos que a retina vai captar


Percepção da Profundidade e da Distância

> É um processo bastante complexo com diferentes variantes mas é fundamental para a sobrevivência do indivíduo. Um bebé quando nasce já vem dotado com esta percepção: aos 30 dias o bebé já tem a percepção de profundidade. Ao longo da vida, o grau de complexidade da percepção vai-se alterando: os mecanismos de percepção de profundidade vão-se alterando.

àOs indícios de profundidade permitem saber a que distância está o objecto do observador e dos outros objectos.

àA retina regista imagens em duas dimensões (esquerda-direita e em cima-em baixo), mas são percepcionadas a três dimensões.

> A retina só consegue registar imagens de duas dimensões (bidimensional: cima/baixo e esquerda/direita) mas a realidade é a três dimensões (tridimensional). O indivíduo só consegue perceber a três dimensões pois tem dois olhos, cada um deles capta coisas diferentes: é a distância entre os olhos que permite captar imagens diferentes. Isto causa disparidade mas depois o cérebro vai integrar as duas imagens (não integra para eliminar a diferença)
Quanto mais próximo o objecto estiver da retina menos se vê e parece que há uma distância grande em cada olho mas o objecto está no mesmo sítio (vendo o objecto com um olho de cada vez).
Exemplo: Pegar numa caneta e aproxima-la ou afasta-la dos olhos e olhar com um olho de cada vez.

Tipos de indícios:

à Indícios binoculares: existe uma disparidade binocular dado que vemos o mundo através de 2 olhos que estão posicionados diferentemente donde cada retina regista uma imagem ligeiramente diferente, o que se atenua quanto mais longe está o objecto (visão binocular).

à Indícios monoculares: mesmo com um só olho percebemos o mundo a três dimensões pois existem indícios monoculares de profundidade (muitos deles são pictóricos).

Indicadores de Profundidade e Distância

Fisiológicos

à Convergência: quando os nossos olhos se fixam num objecto próximo viram-se um para o outro (sobretudo a menos de 10 metros); centramos a imagem
à Acomodação: durante a acomodação os músculos oculares fazem com que a lente do olho se espesse para focar objectos próximos ou se achata para focalizar os distantes; quando os objectos estão mais próximos a lente ocular fica mais espessa e quanto maior for a distância a lente ocular fica mais achatada

à De Movimento

- Paralaxe de Movimento: o virar da cabeça faz os objectos deslocarem-se na retina fornecendo indícios de profundidade.

→ Objectos próximos – passam rapidamente;
→ Objectos distantes – passam lentamente.

Este movimento relativo dos objectos proporciona informação fidedigna sobre a distância a que os objectos se encontram.

> Muito utilizado no cinema

Pictóricos

As indicações de desenho (pictóricas) fornecem informações sobre distância embora nem sempre estejamos conscientes de nos basearmos nestas. Há 6 indicadores monoculares de profundidade que são especialmente úteis:

à Tamanho conhecido – se o objecto está mais longe parece muito pequeno mas nós temos a noção real do objecto

à Perspectiva linear – quando olhamos para duas linhas lineares: na realidade a distância é igual entre elas só que a percepção vai afunilando essa realidade
Exemplo: saída ao fundo de um túnel

àLuz e sombra – quando uma parte do objecto está na sombra e outra não, o indivíduo consegue ter a percepção real do objecto.

à Graduação de textura – quando o indivíduo está próximo de um objecto consegue ver nitidamente as características todas do objecto mas há medida que se vai distanciando é mais difícil ver essas características até que o objecto fica quase uma mancha

à Perspectiva aérea – a nebulosidade vai impedir a interpretação real do que está à volta do indivíduo

à Interposição – numa imagem existem vários elementos que estão a tapar outros, esses elementos que estão a mãos à “frente” parecem mais próximos
Os indicadores pictóricos parecem ser aprendidos. Compara-se a imagem com experiências anteriores (tamanho, forma, acuidade e integridade). As experiências anteriores dão-nos informações sobre os objectos e a sua relação com outros no espaço.
Estes indicadores vão sendo aprendidos ao longo da vida

Percepção das Cores

Os seres humanos percebem as cores da mesma forma. Pouco depois do nascimento os bebés tendem a agrupar as cores da mesma forma que os adultos.

Vermelho: usado juntamente com outras cores, é psicologicamente eficaz em diversos níveis (tem efeito ilusório de aproximação; chama a atenção;

Amarelo: faz com que os objectos pareçam maiores.

Azul: publicidade de detergentes (limpeza), eficiência (gerentes), segurança (carro de polícia),...

Laranja: usado nos fast-food.

Verde: hospitais, salas de cirurgia.
Tons pastel: usados para cosméticos, embalagens alimentares e produtos para crianças