sexta-feira, 17 de abril de 2009

Inglês II

Caros colegas, para quem quiser, estou disponível a ceder os meus apontamentos à mão de inglês dois até ao dia 14/04/2009.

Bom Fim de Semana

Pedido de Aulas

Caros colegas, necessito que me cedam, por favor, as seguintes aulas:
- Antropologia (março: 16; 23; 26 / abril: 1)
- Gestão (março: 16; 23; 30 / abril: 1)
- Psicologia (março: 12; 19; 25; 26 / abril: 1; 2; 15; 16)
- Sociologia (março: 24 e 27)
- Inglês (Não preciso)
- A.D.U.M (não preciso)

Muito obrigado a todas as almas caridosas que me vão ajudar neste momento de aperto!

Beijinhos e Abraços
Jonas :D

Antropologia

09/03/2009

Antropologia Aplicada: mais do que uma disciplina, é uma vocação. Cabe ao antropólogo apresentar soluções, ou seja, o estudo suscita a resolução de problemas.

Os antecedentes da Antropologia não são fáceis de entender.
Não se pode falar de Antropologia se não falarmos de pelo menos três séculos:
Século XVIII, Século XIX e Século XX e também da Antiguidade Clássica.

No século 18 foram tomados os primórdios antropológicos devido às descobertas.
No século 19, em pleno iluminismo, encontramos as raízes do pensamento Antropológico. (1850 aparece a Antropologia como ciência). A Antropologia é uma ciência europeia, são os britânicos e os franceses que a dominam, só mais tarde os EUA contudo não é menos importante a sua presença na antropologia.
No século 20, após a I Guerra mundial, a Antropologia atinge a categoria de área curricular, isto é, define o seu método, objecto, e estudo como qualquer outra ciência.

Há contudo, na antiguidade clássica, algumas referências antropológicas, como é exemplo de Heródoto (484-425 a.C.) que faz uma espécie de pré antropologia, pois elaborou um relatório de viagens, técnica típica de qualquer de qualquer antropólogo, é a chamada antropologia espontânea. Ele escreveu tudo aquilo que via – interessava-se pela forma de sobrevivência e pelo família e pelo casamento, pelas formas económicas, formas culturais, etc. Tinha também uma forte curiosidade pela diferença cultural.

Na Filosofia clássica, Platão, na “Alegoria da Caverna” faz uma referência Antropológica. Aristóteles, por sua vez, pergunta-se “O que é o homem?”, ou seja há uma preocupação para pensar porque é que o homem é dotado de razão, verifica-se um olhar atento ao homem em si mesmo. O Geógrafo Strabo preocupou-se em analisar os “povos de longe”.

A reflexão clássica é uma reflexão importante que é interrompida com o processo de cristianização do Império Romano até ao século 15, como foco para a Idade Média. A idade média é um período de vazio total. A igreja católica vai ser de tal forma castradora de raciocínio que o discurso religioso vai ser dominante e vai esclarecer tudo, isto é, tudo é criação divina o que rodeia o homem.

Ibn Kaldhum (1332-1406) – Nasceu na Tunísia e viveu sobretudo para fazer viagens. Sendo um amante de viagens, foi sempre escrevendo um diário, relatando tudo aquilo que vivera e via, sobretudo a especificidade do social, ou seja, a via em grupo, características sociais, o que tinha a ver com as pessoas ou com as coisas materiais. Esta ideia vai tomada, mais tarde, por Emile Durkheim.

Os fenómenos sociais e culturais não podem ser explicados isoladamente, é preciso existirem vários elementos, é a ideia de causa-efeito, ou seja, não há fenómenos desligados.

A Antropologia tem uma vocação holística, ou seja, de cultura integrada, de contextualizar.
Marco Pólo, em 1254, fez uma viagem durante 17 anos, passando maior parte do tempo na Ásia, mais precisamente na China. Trouxe para a Europa outras crenças que não a católica, ou seja, outra maneira de vida.

Ao contrário do pensamento europeu e católico, o mundo nunca se dividiu em Cristão e infiéis.

O começo do fim da supremacia católica vem com os descobrimentos e com a descobertas das novas culturas; os europeus chegaram a outros espaços, conhecem novas civilizações.

Os limites foram alargados a nível geográfico, físico e ideológico. Ao contrário do que pensava, os antípodas existiam, isto é, existiam pessoas nas zonas tropicais. Estas pessoas eram, porem, diferentes do que se conhecia.
À boa maneira aristotélica, os europeus perguntaram-se o que são humanos. A primeira reacção foi eurocêntrica, etnocêntrica. Se são, são como aos Europeus?
A resposta foi que sim, mas não como os europeus. São resticio longínquo da humanidade, são homens primitivos, sociedades arcaicas.

Embora desacreditada expansão marítima, a igreja não deixa de fazer a sua influência, vendo uma excelente oportunidade para angariar crentes pela mão dos missionários.

Os primeiros antropólogos, antes de terem a ambição de irem para o “campo” (fazer etnografia), faziam antropologia de gabinete ou de varanda o que origina enviesamento de conclusões pois baseavam-se nas recolhas dos missionários que cometiam algumas incoerências.

Com os descobrimentos, nasce, também, a revolução cientifica, isto é, o Método (observação, experimentação, explicação).